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HIGIENE ÍNTIMA

A higiene íntima faz parte dos cuidados ginecológicos. Trouxe esse tema para explicar que hábitos inadequados podem favorecer o desenvolvimento de microrganismos que acabam causando sintomas ginecológicos.

 

A região externa da vagina tem a sua própria proteção natural, formada por um equilíbrio de bactérias que compõem a flora vaginal e a mantém com um pH mais ácido, impedindo que microrganismos externos sobrevivam.

 

Hoje sabemos que a falta ou o excesso de higiene, ou o uso de produtos inadequados, podem afetar esse equilíbrio, resultando em corrimentos oriundos de doenças provocadas por fungos, como a candidíase, ou por bactérias, como a vaginose bacteriana.

 

Um dos problemas recorrentes no consultório é a queixa de secreção vaginal, o incômodo "corrimento", que pode ser mais espesso, na cor amarelo-esverdeado, com ou sem odor, com presença de coceira, mesmo após a higiene. Nesses casos, os sintomas indicam alguma patologia na vagina, e requer avaliação especializada por uma ginecologista. 

 

Mas, afinal, o que é certo e o que é errado na hora de cuidar da higiene íntima? Preparei algumas dicas sobre como realizar a higiene íntima corretamente e o que evitar. Confira:

 

  • Faça a higiene íntima usando água corrente e sabonete específico para a região vaginal. Não use sabonete em barra, pois mesmo o de glicerina, tem componentes que retiram a proteção natural do organismo.

  • Não use constantemente o absorvente diário. Mesmo que trocado várias vezes ao longo do dia, ele acumula umidade e impede a transpiração da região, favorecendo o surgimento de microrganismos. Se você ficar fora o dia todo, tente, ao longo do dia, higienizar a região com produto apropriado e trocar de lingerie. O lenço umedecido pode ser utilizado, mas não em excesso.

  • Durante a menstruação, nunca fique com o mesmo absorvente (tanto externo quanto interno) por mais de 8 horas. Troque-o regularmente, de acordo com o fluxo menstrual, se possível, conjuntamente com a realização da higiene.

  • A roupa íntima mais indicada é a confeccionada em algodão. As de tecidos sintéticos, assim como calça de lycra ou jeans apertado, impedem a transpiração e criam condições para proliferação de fungos e bactérias. Em casa, utilize roupas mais confortáveis, como saias ou calças de algodão e que não apertam. Também é importante passar algum tempo sem a roupa íntima, como na hora de dormir, por exemplo.

  • O preservativo (tanto masculino como feminino), além de ser um método anticoncepcional, protege contra doenças sexualmente transmissíveis, como HPV (vírus que pode causar verrugas genitais e aumentam o risco de câncer de colo de de útero, vagina e vulva), HIV (o vírus da AIDS), sífilis, gonorreia e herpes genital, entre outras.

  • Após a relação sexual, esvazie a bexiga e faça a higienização normal da área externa da vagina. Não utilize ducha interna após a relação sexual ou em qualquer circunstância. Ela pode ser prejudicial, pois elimina a defesa natural do organismo.

  • Não permaneça muitas horas com biquíni ou maiô molhado porque isso facilita o desenvolvimento de fungos e bactérias.

  • A depilação parcial da vulva é uma opção que reduz o calor e o acúmulo de secreção na área. Mas a depilação total pode causar hipersensibilidade e ressecamento em algumas mulheres.

  • Em algumas mulheres, reações alérgicas podem ser provocadas por componentes do sabão em pó ou do amaciante utilizados na lavagem das roupas íntimas. Nesses casos, opte por produtos específicos para lavar peças desse tipo, ou um sabão neutro. Coloque as calcinhas para secar em local ventilado e nunca no banheiro.

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